Um composto iónico é estável devido à atração eletrostática entre os seus iões positivos e negativos. A energia reticular de um composto é uma medida da força desta atração. A energia reticular (ΔHreticular) de um composto iónico é definida como a energia necessária para separar um mole do sólido nos seus iões gasosos constituintes. Para o sólido iónico cloreto de sódio, a energia reticular é a alteração da entalpia do processo:
Aqui, é usada a convenção onde o sólido iónico é separado em iões, o que significa que as energias reticulares serão endotérmicas (valores positivos). Outra forma é usar uma convenção equivalente, mas oposta, na qual a energia reticular é exotérmica (valores negativos) e descrita como a energia libertada quando os iões se combinam para formar uma rede. Assim, certifique-se de confirmar que definição é usada ao procurar energias reticulares em outra referência. Em ambos os casos, uma magnitude maior para a energia reticular indica um composto iónico mais estável. Para cloreto de sódio, ΔHreticular = 769 kJ. Portanto, requer 769 kJ para separar um mole de NaCl sólido nos iões gasosos Na+ e Cl–. Quando um mole de cada um dos iões gasosos Na+ e Cl– formam NaCl sólido, são libertados 769 kJ de calor.
A energia reticular ΔHreticular de um cristal iónico pode ser expressa pela seguinte equação (derivada da lei de Coulomb, que rege as forças entre cargas elétricas):
ΔHreticular = C(Z +)(Z−)/Ro
em que C é uma constante que depende do tipo de estrutura cristalina; Z+ e Z– são as cargas dos iões, e Ro é a distância interiónica (a soma dos raios dos iões positivos e negativos). Assim, a energia reticular de um cristal iónico aumenta rapidamente à medida que as cargas dos iões aumentam e os tamanhos dos iões diminuem. Quando todos os outros parâmetros são mantidos constantes, a duplicação da carga tanto do catião como do anião quadruplica a energia reticular.
Este texto é adaptado de Openstax, Chemistry 2e, Section 7.5: Strengths of Ionic and Covalent Bonds.